terça-feira, 14 de setembro de 2010

Profecia na Bíblia sobre Israel cumprida nos dias modernos


A relação de Israel com a terra prometida tem um grande foco nas profecias bíblicas, tanto cumpridas como não cumpridas. Deus profetizou precisamente quando Israel iria retornar à Terra Prometida depois de seus cidadãos saírem para o exílio nos dois primeiros cativeiros, o egípcio e o babilónico. O cativeiro egípcio foi profetizado para durar exactamente 430 anos e é significante saber que terminou precisamente no ultimo dia quando o cativeiro de 430 anos concluiu. “Aconteceu que, ao cabo dos quatrocentos e trinta anos, nesse mesmo dia, todas as hostes do SENHOR saíram da terra do Egipto” (Ex 12.41).

O profeta Jeremias predisse que a duração exacta que cativeiro Judeu na Babilónia iria durar 70 anos. “ Toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto; estas nações servirão ao rei da Babilónia setenta anos” (Jeremias 25.11). O exercito babilónio conquistou Israel na primavera do ano 606 A.C. Tanto a história secular como a Bíblia confirmam que, como previsto, o cativeiro babilónico terminou exactamente 70 anos mais tarde, na primavera do ano 536 A.C., no mês judeu de Nisan, quando Ciro, o persa, libertou os Judeus para regressarem para sua terra (Esdras 1.3).

Os três maiores profetas judeus, Daniel, Jeremias e Ezequiel, estiveram todos vivos naquele tempo. Naturalmente o profeta Ezequiel estava consciente das profecias do profeta Jeremias que diziam que os judeus poderiam retornar da Babilónia depois de 70 anos, em 536 A.C. No entanto, Deus lhe deu uma nova revelação que olhava muito mais longe no futuro, revelando quanto tempo haveria de se passar até o povo judeu finalmente reestabelecer-se como nação nos últimos dias. A previsão começa com a declaração de Deus que “isto servirá de sinal para a casa de Israel” (Ezequiel 4.3). A total previsão é achada em Ezequiel 4.3-4: “Toma também uma assadeira de ferro e põe-na por muro de ferro entre ti e a cidade; dirige para ela o rosto, e assim será cercada, e a cercarás; isto servirá de sinal para a casa de Israel. Deita-te também sobre o teu lado esquerdo e põe a iniquidade da casa de Israel sobre ele; conforme o número dos dias que te deitares sobre ele, levarás sobre ti a iniquidade dela” (Ez. 4:3-4).

Nessa passagem Ezequiel declara claramente que essa profecia seria um “sinal para a casa de Israel” e que cada dia representaria um ano bíblico. A previsão revela que Israel seria punido por um período combinado de 430 anos (390 anos mais outros 40 anos). Aponta que o inicio dessa actividade mundial ocorre-se na primavera de 536 A.C., no fim dos 70 anos previstos do exílio na Babilónia (Jeremias 25.11).

No entanto, no mês de Nisan de 536 A.C., somente um pequeno remanescente da nação de Judá escolheu sair de suas casas na Babilónia e regressar para Jerusalém. Os exilados Judeus que se lembravam como era o Israel de antigamente, estavam agora com 70 anos. Seus filhos, que haviam nascido na Babilónia, tinham naturalmente pouca relação com a antiga terra dos seus pais. A vasta maioria estava bem contente por permanecer no império pagão da Pérsia como colonos ao invés de imigrarem novecentos quilómetros para reconstruírem a colónia devastada de Israel.

Deus decretou à Ezequiel um período de punição de 430 anos pelo pecado de Israel e Judá (390 anos + 40 anos).No entanto, quando se subtrai os 70 anos de punição que os Judeus suportaram nos 70 anos de cativeiro na Babilónia, que terminou em 536 A.C., ainda sobram um total de 360 anos de punição para depois do ano de 536 A.C. Quando examinamos a história daquele período notamos que os Judeus não regressaram para estabelecer um país independente para finalizar os 360 dos 430 anos de punição adicional que faltavam. Sobre a Luz da exactidão da profecia de Ezequiel, era difícil compreender porque nada ocorreu naquele tempo para dar cumprimento à detalhada profecia.

Tanto a Bíblia como a história revelam que Israel não se arrependeu dos seus pecados no final dos setenta anos de cativeiro na Babilónia. De fato, as Escrituras registram, nos livros de Esdras e Neemias, que a minoria de cinquenta mil que escolheu retornar com Esdras para a Terra Prometida o fizeram com pouca fé. A vasta maioria dos Judeus se mantiveram na Babilónia pagã. Falharam em redimir-se da sua desobediência, que em primeiro lugar foi o motivo pelo qual Deus enviou-lhes para o cativeiro. Essa maioria que se recusou imigrar para Israel, compostos por 95 por cento dos Judeus cativos, simplesmente permaneceram colonos no que é o actual Irão-Iraque. Pelos séculos que se seguiram, viajantes como Benjamim de Tuldela registram que milhares de Judeus ainda viviam em diversas cidades no moderno Iraque, Irão e Afeganistão.


Descobri a solução do mistério da Diáspora de Israel pelo mundo, isso regressando para um principio divino que Deus revelou para Moisés em Levítico 26. Nesse capítulo Deus estabeleceu promessas e punições para Israel baseado na sua obediência ou desobediência aos Seus mandamentos. Deus declarou à Israel quatro vezes que se, depois de punidos pelos seus pecados, não se arrependessem, a punição previamente especificada seria multiplicado por sete (número que simboliza 'complemento'). “Se ainda assim com isto não me ouvirdes, tornarei a castigar-vos sete vezes mais por causa dos vossos pecados” (Levítico 26.18; e ver também Levítico 26.21, 23-24, 27-28).

Por outras palavras, se Israel falhasse em se arrepender de sua desobediencia, a punição já decretada por Deus iria ser multiplicada sete vezes. Visto que a a grande maioria de Israel recusou se redimir dos seus pecados depois da conclusão do cativeiro babilónico, o período de 360 anos que restavam de punição declarado em Ezequiel 4.3-4 foi multiplicado sete vezes. Isso significa que os Judeus permaneceriam sem ser uma nação independente por 2520 anos bíblicos a partir de 536 A.C., o ponto inicial da predição (360 anos x 7 = 2520 anos bíblicos).

O período de punição deveria durar 2520 anos bíblicos ao invés dos 2520 do nosso calendário. A razão do numero é a Bíblia sempre usar o antigo calendário Judeu composto por 360 dias, que equivalem a um ano bíblico, nas suas passagens históricas e proféticas. A verdadeira duração do ano profético Judeu eram somente 360 dias, porque baseava-se no ano-lunar composto por doze meses de 30 dias cada. O moderno calendário solar de 365.25 dias era desconhecido pelas antigas nações do Velho Testamento.

De acordo com a cronologia da Enciclopédia Britânica e do Dicionário Bíblico Smith, Abraão usava o ano de 360 dias. O registro do dilúvio de Noé em Génesis confirmam que o ano antigo consistia em doze meses de trinta dias cada. Moisés declara em Génesis que o período de 150 dias onde as águas do dilúvio cobriam a terra duraram precisamente cinco meses, do décimo-sétimo dia do segundo mês ao décimo-sétimo dia do sétimo mês, constatando que cada mês era composto por 30 dias. Sir Isaac Newton relata que todas as nações, antes da precisa duração do ano solar ser conhecido, calculavam meses pelas fases da lua, e anos pelo retorno do Inverno, Verão, Primavera e Outono; e fazendo calendário para seus festivais, eles contavam trinta dias num mês lunar, e doze meses num ano lunar, buscando os números mais aproximados recorrendo às divisões da Eclíptica de 360 graus [1].

Sendo assim, se desejamos compreender o tempo preciso do cumprimento da profecia, precisamos calcular usando o mesmo ano lunar-bíblico de 360 dias utilizafo pelos profetas. Tanto os profetas Daniel quanto João no Apocalipse, claramente usam um ano de 360 dias. O insucesso em compreender a verdadeira duração do ano bíblico de 360 dias impediu alguns estudantes de profecias em entender claramente muitas predições que contêm o elemento de precisão temporal. Esse ano profético de 360 dias é também buscado do livre de Apocalipse onde a visão de João se refere ao futuro período da Grande Tribulação. Ele descreve a Grande Tribulação de três anos e meio durando exactamente 1260 dias (Apocalipse 12.6), “um tempo, tempos e metade de um tempo” onde um “tempo” que em Hebreu está para um ano de 360 dias (verso 14), e “quarenta e dois meses” de trinta dias cada (Ap. 13.5). Todas essas referencias escriturísticas confirmam que o ano de 360 dias bíblico é o que devemos utilizar para compreender correctamente a profecia e cronologia bíblica.

Por esse motivo, a profecia de Ezequiel de 430 anos declara que o fim da punição de Israel e sua final restauração de volta a sua terra, iriam ser concretizados em 2520 anos bíblicos de 360 dias cada, que totalizam 907'200 dias. Para converter esse período para o ano de nosso calendário de 365,25 dias nós simplesmente dividimos o período de 907'200 dias por 365.25 para chegar a um total de 2483,8 anos do nosso calendário. Por esse motivo, Ezequiel profetizou que o fim da Diáspora mundial de Israel ocorreria precisamente 2483,8 anos depois do fim do Cativeiro Babilónio, que ocorreu-se na primavera de 536 A.C. Nesse cálculos devemos ter em mente que houve somente um ano entre 1A.C. e 1D.C.. Não existiu ano Zero, e como ilustração somente houveram doze meses entre a Pascoa de 14 de Nisan na primavera de 1A.C., e a próxima Pascoa festiva na Primavera de 1D.C.


Para calcular quando os Judeus voltariam a novamente a ser uma nação pela profecia de Ezequiel:

536.4 A.C. O Cativeiro Babilónio termina na primavera.

MENOS

2'483.8 anos do calendário.

1'947.4

Adicionando 1 ano por entre A.C e D.C

1'948.4

15 de Maio de 1948, ano do renascimento profetizado de Israel.

Na tarde de 14 de Maio de 1948, os Judeus proclamaram a independência e renascimento do Estado de Israel. Enquanto um velho Rabi soprava o tradicional Shofar, um corno de carneiro, os Judeus celebravam o fim da sua trágica Diáspora e cativeiro no cumprimento preciso da profecia feita milhares de anos atrás pelo profeta Ezequiel. Na meia-noite, enquanto 15 de Maio de 1948 começava, o Mandato Britânico finalizou-se oficialmente e Israel tornou-se uma nação independente. Esse grande dia marca a primeira vez desde os dias de Salomão que o Israel unificado tomou seu lugar como Estado soberano independente, por entre as nações.

Traduzido do excerto do livro “THE SIGNATURE OF GOD” (“A ASSINATURA DE DEUS”) de Grant Jeffery, páginas 165-170.

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[1] Eclipitica de 360 graus - A eclíptica é o trajeto que sol parece seguir através do céu sobre o curso de um ano, e é também projeção da terra no plano orbital da esfera celestial. Os 360 graus equivalem ao valor de graus de uma esfera.


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